15/12/2010

Nova medida de disparidade entre gêneros indica que perda mundial é de 56%; índice brasileiro é 80º em lista de 138 nações e territórios


Nova York, 04/11/2010
PNUD lança índice de disparidade de gênero

O RDH (Relatório de Desenvolvimento Humano), apresentado nesta quinta-feira em Nova York, apresenta o IDG (Índice de Desigualdade de Gênero), que capta as desvantagens das mulheres e as perdas de potencial de desenvolvimento em três dimensões que espelham o IDH: saúde reprodutiva, empoderamento (autonomia) e atividade econômica.

Na primeira dimensão, são contabilizados a mortalidade materna e a proporção de adolescentes que tiveram filhos. Na segunda, o percentual de homens e mulheres no parlamento e de homens e mulheres de 25 anos ou mais com pelo menos o segundo grau completo. A desigualdade na atividade econômica é mensurada pela participação dos dois sexos no mercado de trabalho.

“Dar oportunidades iguais a meninas e mulheres em educação, direitos sociais, política e tratamento médico não é apenas uma questão de justiça social, mas um dos melhores investimentos a serem feitos para o desenvolvimento”, afirma Jeni Klugman, chefe da equipe que elaborou o RDH.

O Brasil se destaca na proporção entre homens e mulheres com pelo menos o ensino secundário completo. É o 17º país com situação mais favorável a elas nesse indicador. A proporção de brasileiras que alcançaram esse nível de escolaridade é 2,5 pontos percentuais maior que a de brasileiros. O país é um dos 34 em que a parcela de mulheres com ao menos o ensino médio completo supera a de homens. “Um nível de educação superior aumenta as liberdades das mulheres ao fortalecer a capacidade delas para questionar, refletir e atuar sobre sua condição, e ao aumentar o acesso à informação”, destaca o relatório.

A participação de mulheres no mercado de trabalho (exercendo atividade profissional ou procurando emprego) é de 64% no Brasil. A porcentagem ainda é inferior à registrada entre os homens (85,2%), mas supera a média mundial (57%). No quesito desigualdade na força de trabalho, o país aparece na 96ª posição. O destaque positivo é Burundi, onde 91,5% das pessoas do sexo feminino trabalham.

MATERIA COMPLETA: http://www.pnud.org.br/cidadania/reportagens/index.php?id01=3598&lay=cid